Anda a passar-se algo estranho no Sporting, bastante comum há uns tempos até agora. Como muitos queriam, com grande preponderância da comunicação social ( a
SIC Noticias informa (rsrsrsrsrs) hoje que PPC é acusado de desviar dinheiro do Sporting e o
Diário de Noticias que Sá Pinto pediu Bruno Alves e Ricardo Carvalho), PPC demitiu-se. Do seu comunicado sobra um conjunto de mensagens para o interior e para o exterior, a acreditar em todas as acusações que lhe imputam e que fizeram abalar o universo sportinguista numa fase importante da temporada. Conseguiram? Sim, conseguiram. Ainda hoje se discute nos jornais se Adrien fica ou vai, como se não tivesse contrato com o Sporting e não existisse uma cláusula de rescisão, como se discutiam todos os assuntos relativos ao clube na praça publica. É tão fácil falar do Sporting, quando não existe um bando de
hooligans a furar pneus ou a partir clavículas. Felizmente, PPC vai ser ouvido na quinta feira no DIAP e o juiz decidirá sobre as medidas de coação, que vão do termo de identidade e residência (o mínimo) à prisão preventiva (no limite máximo). Tudo isto por causa de Cardinal, o tal que recebeu 2000 euros na conta e, admirado, o doou a uma instituição de caridade. Vamos ver no que dão as acusações, mas talvez estivesse na altura da direcção do Sporting tomar uma atitude e decretar a proibição de jornalistas frequentarem as nossas instalações. Para que servem os dossiers de imprensa? Será que ninguem sabe o que são fontes indirectas? Assim, teriamos uma forma de controlar a informação e distinguir a verdade da mentira. O que não seria muito difícil. Em suma, PPC incomoda muita gente e todos o sabem. Mais uma vez, vou aguardar. Mas não esperem festinhas se for inocentado,
moços de recados de dentro ou fora do clube.
Como inicialmente vos
disse, fui eu que escolhi o dia e a hora como timing para conclusão
daquilo a que me propus. Sabia que enquanto me mantivesse em funções, a
campanha difamatória e a manipulação de opinião continuariam, mas o
Sporting merecia, e merece, esse esforço, e foi com esse espírito que
trabalhei nos últimos 60 dias. Não há moços de recados, ou pretensos
spin doctors, que me pudessem fazer desistir daquilo que tinha de
concluir. E foi isso que fiz. Foi, tendo por base aquilo que vos
comuniquei, que hoje [ontem] mesmo apresentei a renúncia ao meu mandato
de vice-presidente do Sporting. Posto isto, as minhas palavras
seguintes vão para os sócios e adeptos sportinguistas, aos quais peço
que continuem a apoiar e a acreditar no nosso querido clube; às claques,
que continuem a acompanhar as nossas equipas pelo país e pela Europa
fora; aos meus colegas do Conselho Diretivo, peço que nunca se desviem
do caminho, e que mantenham a força, a raça e a verticalidade sempre
demonstradas, mesmo quando alguns moços de recados anunciavam a desgraça
e a cisão entre nós; a Luís Duque, Carlos Freitas e Ricardo Sá Pinto,
faço votos de que continuem o excelente trabalho e que, apesar do
caminho tortuoso que às vezes percorrem, e por muita ‘berreira’ que lhes
coloquem à frente, tenham sempre a força de leões que na realidade são e
que se mantenham seguros das vossas convicções, o Sporting precisa de
gente assim; uma palavra aos funcionários do Sporting, especialmente
àqueles que comigo trabalhavam diretamente.
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